segunda-feira, 1 de julho de 2019

POST FESTUM

Não podemos nos contentar com ISSO!
Sem dúvida, não há regresso de nosso
''misticismo'', desse jogo que se resolve
na intimidade agravante do mar, 
sob as nuvens de ameaças dos 
Donos do Dinheiro, esses eruditos do ódio, 
cujas tramas querem ditar leis.
Juntos (está dito) nos destruiremos,
e é importante fazê-lo, o quanto antes,
incluindo o relato apavorado
de nossos últimos otimismos,
dos últimos truques de nossa confiança
(ainda que mínimos).
A BATALHA É NOSSA OUTRA VEZ!,
com todos seus imensos detalhes
vingando-se uns dos outros.
Como no ímã o aço, o IMAN!,
sua antena espectral organizada
pelas armas fantasmas do silêncio.
Vibrando só e lentamente, o olho e
os demais sentidos, vão mais além
da batalha, e a denunciam com outra:
seus conjuntos discursivos, 
suas massas de mercâncias 
domesticadas, suas multidões
de civis abatidos horrendamente
correndo a Internet como ruídos
rabugentos e estertorantes 
na direção do SOL, que rosna
quando eles passam na TV.
Mais à mão, certamente está o
riso do Poeta, assim que acaba tudo:
que nobre silêncio de morte emergindo
das entranhas retorcidas do Poeta!
Hiperbórea salga paralisada das horas,
num cálido ofertório de despudor.
Sentir... tremer... e, ó carne hilariante, 
afundar, afundar no riso da semente,
enquanto o Vazio tenebroso tateia
o bruma total dos sentidos extintos.
Salve!, ó homens que não sabem morrer,
o Mal agora brinca sua festa
de condescender, invencível canto
de crepúsculo humanitário,
estimulando e congelando o riso.

A Demonologia da Justiça é
a mais antiga, entre todas as ontologias 
reacionárias, e tenho a impressão de que
minha crítica da Economia Política,
baseada nela, e exacerbando-se
até solitários horizontes transcen-dentais,
destruirá o presente estado de coisas.
Formidável introdução a uma nova prática!

KM

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