domingo, 7 de abril de 2019

De Facheiro no Pulso

Certos pactos de fuga sem nome
apagam as distâncias do sono,
de todos os sonos atulhados na porta.
Por dentro, invisto no treinamento
do grande pisoteio, aumentando minha sombra
sobre os ansiosos (seu medo de que eu saiba
e sinta mais que eles, em seus
''regos laderados'', capotando nossos ferros).
Ainda o acelerador espadaúdo, olhando
o passo morder as escamas venenosas
do caminho. O novo tapete do Newsweek
não quer sua borracha nos nossos músculos?,
sua processualística diluidora da fé?,
antagonismos, predisposições alternativas
e picos de excitabilidade nervosa
que o ego arruma numa matéria.
Exercitaram-se no papel de espectadores,
PERCEBE-SE!, e agora querem
a solidão do Dinheiro só para eles,
viajando sozinho nas artérias dos sós,
no gelo paralítico de seu pulso.
De facheiro no pulso, sem espernear
para Ti, acendo meus voltz de nascença
na poeira do teu faroeste, para que
escarres em meu vidro a prova de balas.
Duplopensar: facilitando a convicção liberal
num coquetel temperado a gosto
enquanto símbolos absolutistas privados
borbulham amigavelmente, sem
potência excessiva, emparelhando-se
com a dinâmica pragmática do Poder.

K.M.



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