sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

BANCO SEM NOME

Diminuir a distância de fachada
com as favas que se produzem
nos estalos crepitantes da cabeça,
que passam como números imóveis,
assistidos milimetricamente pela Sombra,
pesada e intangível, do CRESCIMENTO.
O Crescimento, essa quimera agitada
que alarga vosso abraço escuro, sem
chance à aproximação do Sol.
E à vossa aproximação, ó chineses,
chegam com rapidez maior à mente
todas as causas do carro-forte,
do dia do BANCO SEM NOME.
Jogo de paciência surtado, lapidado
por sobressaltos contra a parede,
sem saber como se dará a partida
ou se vosso túnel enguiçará o sono
do carro com sinalizações opostas.
Da mesa de conferência, não vos alcançamos
NUNCA!, mesmo assim eu vos inscrevo
no tampo mudo que tenho nos dentes,
e na carne da guerra, ante-sala das
sobremesas desafiadoras do acordo.
Meu lugar de honra insiste na cadeira vazia,
ocupada pela tralha de todos os pontos
pacificados, enquanto outros perfilam-se
para o ataque retórico e inofensivo,
assombrando a marcha máxima da Palavra.
Palavra passada a ferro, dobrada na pose
da boca certeira e inaceitável. O martelo
que bate o fim do pregão explode
certa ânsia de recuperação segura,
com moldura de mudança e distorção
do pulso do tempo, firmemente recalcado
pelas chamas controladas da tentativa.

K.M

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