sexta-feira, 8 de março de 2019

CLÁSSICO DOS MILHÕES

Ex-trato que escapa, facetado,
qual frasco que concentra
a Roda arrumada da Fortuna.
enfrento o verso sob a
pressão das nervuras desconhecidas,
com esse franzir de fábrica perita
costurada à mão. Então, delibera-se
algum desalinho absorto de mulher
depois do banho, a caminho do analista:
frisa-se TUDO o que fica
no Éter Eterno, NU.
A maquiagem e o figurino
que se louco-movem, manchando
o amontoado das horas precedentes
(desistências inesquecíveis
na sala de espera vazia
onde o espelho esfria o Sol).
Nessa expectativa inativa dorme
algum ''ato expectante'', feito só de olhar
e pontos de partida: eles vão virar vento e,
por onde o mar retorna, um gozo,
pressionado por fluxos e conta-fluxos,
cuidará da hora abstrata, leve,
neste espaço pesado e fantasma de mero rumor.
Uma sombra, mais do que um perfume,
disfarça o público em seu nome,
e o trabalho com os sinais de tráfego
abre a porta espantada, direto na rua
do confronto com a LUZ.

K.M.

Nenhum comentário:

Postar um comentário