domingo, 17 de março de 2019

DENEGAÇÃO

Feito do luar mascarado, cindido
e exato na encruzilhada sem sentimento.
Incrédulo no ser humano e dividido
entre confissões hors-texte
que nenhuma melancolia conhece.
Fosso final, todo ARTE,
durando no Ser-Aí
in whinning poetry
(sea-waters fretfull salt away);
e daí o poema exigente
e suas sucessivas leituras à margem,
emendando cada assunto que escurece
e ladra contra o chão do espetáculo.
A Denegação é o caminho do aço,
da Recepção interminável, entre tantos 
resíduos menores, que se vai fazendo 
edição da noite, amordaçada pela mirada de incompreensão
e amarrada ad nauseam aos cuidados de superfície,
essa nojenta maquiagem de trejeitos chulos
que em números nunca consegue ser tão feroz.
Assim, exploro desapiedadamente
tantas exposições diferentes
do mesmo assunto, que pareço pálido,
quando na verdade meu bronzeado reluz,
sucintamente cônscio da Verdade Única
''for both their triumphs so are published''
através dos anos, a pose inteiriça:
''Who are a little wise, the best fools be,
John Done? Wich have their stocks entire,
and can new rewards, outbid me...''

K.M.

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