quarta-feira, 6 de março de 2019

COMBINATÓRIA

Antes de qualquer impressão
a Revelação parece clara,
mas a linha frágil da escrita
mira a marca imensa
como um alvo, investindo em
APOIO... em falso?
Sintonização afásica de murmúrios
mínimos, mas minuciosos,
''por dentro'' do ''intra-day''.
Champagne e arremate de gala
em dicção urgente pela veia,
misturando numa única opção
dois pulsos distintos: a aventura e
o fluxo, via íntima tomando corpo.
Cálculo combinatório: impulsos,
músculos, números e um pouco de
bacon no escuro, mastigado errado.
Bicho abreviado e incógnito passando,
enquanto o arpão, fixo no olhar parado,
hesita entre mecanismo e acidente
com a praia rente sob a repercussão do Sol.
Um momento de slide confidencial e
depois, só um pouco da alma volta.
Volta geralmente em palavras finais,
tentando recolocar a voz, 
que está em jogo, num palmo de 
músculo rijo. A palavra é voraz.
Drama de audácia e sede,
resistindo esticada ao debate cru,
que se arranha toda por dentro,
sem registro verossímil, sem pausa.

K.M. 

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