APESAR DE TUDO QUE ESTÃO FAZENDO COM O BOI, estou gostando muito da minha nova vida. Não é a volta gloriosa ao anonimato , que eu tanto desejava, mas percebe-se que, barrando a entrada das pessoas na porta, fico sozinho com o circo até as 19:00h (tem até avião de anúncio sobrevoando o evento o dia inteiro). Depois, sigo serenamente, em estado de sonambulismo lúcido, para as linhas paralelas, onde as câmeras estão proibidas há 26.000 anos, e estabeleço os termos do acordo com as entidades inorgânicas que regerão a realidade no dia seguinte. Não existe nenhuma teoria da sensibilidade contemporânea capaz de, em seu âmago, desmentir nosso poder de persuasão. O fluxo afetivo que me une aos inorgânicos, ''quase'' na forma de uma identificação moral, é função de uma super-consciência comum de energias proibidas por Deus que se intensificaram desmesuradamente na minha pessoa física e se tornaram indefinidamente disponíveis ao mundo. Além do mais, a exigência funcional de uma pretensa abolição humana desse ´princípio de atuação, tomada em si mesma, permanece um ''desejo vazio'' de ''parte da audiência'', que se contorce de nervosismo nas arquibancadas. Não se pode mais explicar em termos funcionalistas as fontes energéticas das quais minha consciência se alimenta e a ''riqueza oculta e inesgotável de suas 'formas de vida afetivas''.
K.M.
Post Scriptum
''Agora'', uma citação do livro ''O Segredo da Serpente Emplumada'', de Armando Torres.
''...me enseñó una ma n i o b r a para pasar inad v er t i d o en aque l am b i e n t e. Se trata de una técn i ca a la cua l ella lla m a b a “el ma nt o de in v i s i b i l i d a d ”; afir m ó que era im pr e s c i n d i b l e para sobre v i v i r en ese mu n d o.
''...me m ostr ó com o constr u i r una espec ie de “ig l ú ” de energ ía don d e uno se puede ocu l tar m u y bien. M e hiz o prestar aten c i ó n a ciertas pro p i e d a d e s que tiene n algu n a s ema na c i o n e s del águ i l a, me mostr ó que ese tip o espec ia l de energ í a respo n d í a más fác i l m e n t e al intent o de mo l d e ar l a s. H i ce com o me m ostra b a y pude ver que, de hech o, ellas se ajusta ba n a m i com a n d o.
''Se trata de am o n t o n ar energ í a con la vo l u n t a d, com o si fuera un mo n t ó n de heno. Para enten der esto, ha y que tom ar en cons i d er a c i ó n que la text ur a del m u n d o en el otro lado es mu y ma lea b l e, se puede ut i l i z ar la vo l u n t a d para mo v er cant i d a d e s de ema na c i o n e s de un lado para el otro. De for m a que, al hacer un ‘am o n tona d o de fibra s de luz’ don de se pueda ocu l tar, uno efect i v a m e n t e pasa desaper c i b i d o por las inn u m e r a b l e s ent i d a d e s que mer o d e a n ese lugar, m u c h a s de las cua les no son real m e n t e am ist o sas.
''Otra técnica que aprendí de ella para ser usada en casos de emergencia, fue la de enroscarme sobre mí mismo como si fuera un feto, pero sin acostarme. Ese movimiento puede ser usado en caso de necesidad; ayuda a uno a escapar de los m u c h o s depre da d o r e s vio l e n t o s que hab ita n esas reg i o n e s. Estos seres son con o c i d o s por los bru j o s com o “los mer o d e a d o r e s ”.
''Un o de los ma y o r e s gozo s para los bru j o s enso ñador es es estab le c er conta ct o con cr iat ur a s de otros mu n d o s . Por lo com ú n, son seres que pro v i e n e n del m u n d o vec i n o, pero a veces se logra conta c tar ent i d a des pro ce de n t e s de reg i o n e s más lejanas. Se sabe que, cuant o más de lejos viene n, ma y o r e s son los riesg os de que sean host i le s. Pude corr o b o r ar que esos exp l or a d o r e s de mu n d o s distan tes son aterra d or e s, tiene n co lore s br i llantes y dan la sensac i ó n de estar bajo una inso p or t a b l e pres i ó n, parece n estar a punt o de exp l o t ar.
''El l o s no son en abso l u t o seres com o nosotr o s, ni siqu ier a son sól i d o s com o nosotr o s, más bien parece n una espec ie de gelat i n a y el mu n d o don de v i ve n tiene esas m i s m a s caracter í s t i c a s, o por lo men o s así fue com o lo perc i b í. V i que los con ce p t o s de mas c u l i n o y fem e n i n o eran va l i d o s para am b o s mu n d o s. A l l á, los seres se enfras ca n en lo que llam ar í a m o s “actos sexua le s” sin nin g ú n tipo de inh i b i c i ó n, para ellos es natura l estar cone c ta d o s todo el tiem p o.
''Me contó Blor que, en su mundo, ella se siente aislada de sus congéneres, incluso le cuesta llevar a cabo sus funciones dentro de la sociedad en que vive. M e lla m a la aten c i ó n que la suerte de B l or en su m u n d o es de algu n a for m a sim i l ar a la de Car l o s Casta neda aqu í en la tierra. En ese sent i d o, su mu n d o tam b i é n es parec i d o al nuestr o pues, a causa de los preda d o r e s, nad ie cree que el ensue ñ o sea algo pos i b l e. Eso es ver da d er a m e n t e una gran lást i m a, pero la rea l i d a d es que mu y poco s de amba s las razas están cons c ie n t e s de esa inm e n s a pos i b i l i d a d. De b i d o a eso, uno y otro pueb l o se bur la n de los que hab la n sobre ese tema''.
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