Profilaxia econômica atual, nos Estados Unidos, vem produzindo resultados saudáveis, descontados todos os esforços necessários de ''redesenho'' do comércio global, sem o qual não haveria como falar num ''projeto de nação''. Alguns problemas estruturais, com os quais até a historiografia econômica de esquerda concorda, estão sendo ''atacados'' com astúcia. É claro que a historiografia econômica de esquerda guarda pouca relação com o que se chama de esquerda, hoje em dia, na América e no mundo. Esta última, a olhos vistos, ignora inclusive as fontes da própria propaganda na qual se inspira. É servicinho bem porco, tanto na mídia quanto no Congresso.
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Dependência crescente de financiamento do resto do mundo e endividamento interno, nos Estados Unidos: o aumento do consumo, principalmente o das faixas superiores de renda, no centro dos mecanismos mais ''críticos'' do passado econômico recente. A acumulação gradual de endividamento ´por parte das famílias norte-americanas --- sem limite; a dependência do financiamento externo; e o crescimento da dívida interna do governo. A expansão da demanda das famílias na origem de um acentuado crescimento do consumo.Demanda de bens de consumo ''importada''. Etc... por diversas razões --- a ausência de restrições que equilibrassem o comércio exterior , o afrouxamento das exigências para concessão de crédito, a explosão dos mercados derivativos (credit default swaps (CDS) e contratos de taxas de juro) --- a expansão da dívida das famílias americanas não sofreu restrições, ganhando proporções acumulativas, paralelamente à enorme expansão dos mecanismos financeiros inovadores. E vale lembrar que a recuperação da recessão de 2001 só foi alcançada ao custo do aumento do investimento residencial, ou seja, o mesmo BOOM do mercado imobiliário que culminou na crise de 2008, enquanto o investimento na própria produção seguia baixo.
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