domingo, 16 de dezembro de 2018

É VOCÊ SATANÁS?

É preciso se perguntar: existe, na situação atual, determinantes políticos realmente adequados? Isso implica avaliar profundamente a cooperação e a rivalidade entre as diversas variantes das classes altas, e entre estas e as as classes populares e seus ''pretensos'' defensores políticos, que nas palavras de Koch ''promise "heaven but deliver hell." O resultado dessas confrontações vem insinuando o estabelecimento de uma ova ordem social além do ''neoliberalismo de ofício'', em que as tendências gerenciais são fortalecidas, inclusive no curto prazo. Mais evidente ainda, é a reconfiguração das relações internacionais num mundo multipolar que vem sendo preparado para enfrentar uma onda de renovação comercial via acordos bilaterais, de onde, muito provavelmente, emergirá uma nova estrutura bipolar atlântico-asiática, assegurando a América numa posição relativamente hegemônica. O sucesso da empreitada, no entanto, depende de forma crucial do controle do endividamento e certa limitação da alavancagem. Não que seja urgentemente necessário estabelecer limites sobre empréstimos tomados por fundos de hedge, empresas private equity e outras, familiares, mas o componente político deve ser capaz de estancar os surtos de ansiedade do mercado financeiro sem ''focinheira''. Esse é um trabalho que envolve a capacidade organizacional e comunicativa do governo americano, muitas vezes colada em dúvida até mesmo por gente ''lá de dentro''. Já a politica monetária é assunto totalmente diverso: até que ponto ela pode ser mais do que um mecanismo (não exatamente de controle, mas) de mediação de angústias inflacionárias? É você Satanás? Digo: capaz de controlar os empréstimos às famílias e empresas não-financeiras, fator que tem fortíssimo impacto na demanda, produção e investimento? Não existe instrumento , atualmente, capaz de controlar as ''massas de exigibilidade'', COMO na securitização, COMO nos seguros, COMO nos mercados derivativos, COMO na alavancagem, e assim por diante. AVANTE! Rumo às inovações de risco! A maximização do lucro no setor financeiro É SIM compatível com a manutenção do forte viés acumulativo nas empresas não-financeiras. As massas de renda pagas SERÃO SIM compensadas por fluxos correspondentes de capital em benefício das empresas não financeiras  para financiar a acumulação financeira! A crise que questionava a relação entre bancos e corporações não-financeiras não existe mais há tempos. A dissimulação de dados foi dissolvida no éter hiper-informativo da internet e pela ação de hackers jurados de morte em mais de 60% do globo. 

K.M.

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