quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

COM PASSO CERTEIRO

Mantenho-me CONTRA,
retendo todos os ápices
gerados pela rapidez.
E penso em usar ainda melhor
o gesto incisivo que imagino,
precisamente com sua ASA
de rápida exegese, voraz-
MENTE repetido no gargalo.
Submerso, continuo. Escurece.
Fora há a crítica dosada
por dentro, apesar de suas pautas
de validade vencida, SEMPRE
RETROCEDENDO, em busca
da metáfora (que atualiza).
O escritor é sem-teto, mas
eles não detém a Metáfora.
No mais, tudo nos distancia:
o estilo conflituoso, excludente,
a incisividade exclusivista e o
passo inquisitorial do alquimista,
classificando cargas e voltagens
entre suas posses egoístas.
Abertura mesmo, só de alguns
palmos precisados tentacular-
MENTE, abduzindo partículas
que o CINZA fechou em recipientes.
Na profusão de erros desusados
da EXPERIÊNCIA,  a turbulência
do POEMA aprova apenas o rascunho
que alarga o texto e sua usura épica.
Fogo lavado pela chuva, perto de
onde a PAUSA sugere à Mão
a Letra trêmula e fora de alcance.
Com o cenho franzido, componho
pelo menos a linha onde a LUZ
emudece todo musgo vingativo
entre os DENTES ---- aquela
instantânea e insegura
soteriologia do gozo, sem 
seus aquosos disfarces de
CERCO, CULPA e RESERVA.

K.M.

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