sábado, 19 de janeiro de 2019

GAMÃO

Tretas de grandes sensações,
como essa farsa, que apanha
e oferece o outro Face como isca
para os feirantes esgotados
e sua argamassa de confusão.
Agora há silêncio de escutas
transigindo tudo sobre o mundo
no mais completo sigilo. AQUI
largo mão do aperto, abrindo
um atalho no entulho e
estancando o excesso de
reparos com determinação elétrica.
Rolo minha mão para longe,
como ga-mão que sai na frente
(indisfarçável temor)
no antigo hábito dos dados,
que virou um vício, um JOGO
de ciências do Tempo
através das formas trêmulas
da Audição, que regula as virtualidades 
NA FONTE. Essa ''pala'' rearticula
todos os vestígios num retraimento,
uma recognição avant la lettre,
que pára o sentido em curso
com coices de quem espera
por algo maior. O Abstrato
bloqueia o registro, para que,
no espaço vazio, VENHAS,
e nas redes desse Poder
arrisque o pedido amorfo
da ACOLHIDA. Gota a gota,
algum deus insaciável (sange)
reivindica seu impreciso esquema
de leitura, incrivelmente fortalecido
nos desordenados extremos do PACTO.
Em sua contra-prova entrelaçada, a
FORÇA (de convencimento?)
aprimora sua dívida com os
esforços metamórficos do POEMA.

K.M.

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